Peregrinação marcou família de Waldemar

 

A peregrinação foi a marca do exílio para a família do ex-deputado Waldemar Borges, o Deminha. Cassado, Borges foi viver com a família no Paraguai, onde sua filha mais velha, Dinora, conheceu Nélson Maricevish. Casaram-se e tiveram seus dois filhos nos EUA, para onde os Borges se mudaram por alguns anos.

Depois de um período nos EUA, a família voltou ao Paraguai. Outro filho, o vereador Waldemar Borges, não se adaptou e voltou ao Brasil para morar com os avós. "Foi doloroso escolher entre a família ou o País", lembra ele. Sua mãe, Lúcia, diz que a separação do filho foi uma das poucas coisas que a abalou no exílio. Lúcia também teve problemas com o caçula, Renato, alfabetizado "a contragosto" em castelhano. A família só voltou ao Brasil em 87, oito anos após a anistia. "Já estávamos adaptados no Paraguai. E quando você é chutado do seu País, pensa duas vezes antes de voltar", afirma a outra filha, Heloísa.

 

Matéria do Jornal do Commercio - 29/09/99.